sábado, 19 de outubro de 2024

Camões, engenho e arte: dramatização: Camões, 500 anos

 A manhã do dia 18 de outubro constituiu na Escola Prof. Doutor Ferreira da Silva mais um marco na celebração do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares (MIBE), com a dramatização Camões, 500 anos. Este evento foi levado a cabo pelos alunos do 11º A-LH, no âmbito de uma articulação de saberes das disciplinas de Português e de História A, a Estratégia de Educação para a Cidadania e o desafio da RBE: Camões, engenho e arte. Esta iniciativa envolveu todos os alunos do Ensino Secundário Regular e Profissional.  










À noite, foi a vez de ir ao encontro da comunidade educativa, tendo como palco anfitrião a Biblioteca Municipal Ferreira de Castro. Aqui, a magia das palavras, combinada com o perfume das emoções, permitiu que alunos do 5º, 9º e 11º anos falassem a uma só voz em torno do nosso poeta épico: Camões.

Camões, o humanista, que enaltece a Ínclita Geração - a geração de Avis – e o herói coletivo e as suas aventuras por mares nunca antes navegados. O herói coletivo que corresponde àqueles que se mostraram corajosos, valentes e grandes, sobretudo nos momentos mais difíceis, quando enfrentam forças adversas e que se eleva ao nível dos Deuses, como acontecia na Grécia Antiga.

Camões, o pensador, que não deixa de ser insensível aos males de que padecia o seu Tempo e que, com os seus poemas intemporais, nos fala da Mudança e dos Desconcertos do Mundo, criticando aqueles que privilegiam o bem pessoal, em detrimento do bem comum, e se deixam levar pela cobiça e pelo brilho do dinheiro que alimenta as deslealdades e a corrupção.

Camões, o expoente máximo da história da Literatura e da Língua Portuguesa, que foi castigado por uma fortuna na qual a razão e o sentimento se mostraram incapazes de lidar com esperanças que nunca seriam afloradas.

Camões, o humanista, o pensador, o POETA, que com os seus poemas intemporais nos falou, nos fala e falará, acima de tudo, da essência do AMOR:

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?





















































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