Ler mais e melhor: O fantasma de Canterville...

 

No enquadramento do Halloween e numa articulação com o currículo da disciplina de Inglês, os alunos foram incentivados pela Biblioteca Escolar a irem ao encontro de livros policiais e/ou de suspense e/ou de mistério.

Numa estante “sombria” da BE, foi, então, exposto um fundo documental alusivo à temática, no qual se destacou o livro “O fantasma de Canterville”, de Oscar Wilde, cuja leitura é recomendada, pelo Plano Nacional de Leitura, aos alunos do 9º Ano.

Ao mesmo tempo, foi recriada, na escola, uma cena do referido livro: a sala de chá com a mancha de sangue, na qual se deu a trágica morte de Lady Eleanor de Canterville, assassinada por Sir Simon de Canterville.

Esta cena constituiu o horizonte sobre o qual se realizou, na BE, uma Oficina de Leitura Dialogada, de modo a questionar e a despertar a curiosidade e a vontade dos alunos de ler esta tragicomédia. Uma história que nos faz refletir sobre o sobrenatural, as crenças, os nossos fantasmas e a forma de lidarmos com eles, o consumismo, a sensibilidade e a empatia.

Por seu lado, o Plano Nacional das Artes entrosado com o Plano Nacional de Cinema, da DGE, trouxe, ao espaço decorado da Biblioteca Escolar de ambas as escolas – Biblioteca Cândida dos Reis e Biblioteca Comendador Ângelo Azevedo – o cinema assustador: “A noiva Cadáver”, contribuindo, deste modo, para o currículo da disciplina de Inglês.

Estas iniciativas que, inicialmente, se encontravam destinadas aos alunos do 9º Ano, acabaram por envolver, igualmente, alunos do 8º Ano e do 5º ano. Em simultâneo, no âmbito de Ed. Visual, os alunos do 7º Ano realizaram desenhos/retratos fantasmagóricos que foram expostos na BE, contribuindo para o ambiente de Halloween da BE, na qual assumiu papel central uma aranha gigante elaborada com materiais reciclados. 

Terão os fantasmas visitado mesmo as nossas Bibliotecas Escolares?

Acreditarão os nossos alunos em fantasmas?!

Todas estas iniciativas foram complementadas pela atividade na "Uma andorinha na minha cabeça".

Camões, engenho e arte: o Teatro Camoinz Hépyco-Lyrico veio à nossa escola...

 

"Camoinz Hépyco-Lyrico"

Em modo de conclusão das diferentes iniciativas de celebração do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares (MIBE), nos dias 29 e 30 de outubro, nos auditórios das Escolas Prof. Doutor Ferreira da Silva e Comendador Ângelo Azevedo, foi apresentada a peça teatral "Camoinz Hépyco-Lyrico", escrita por Gustavo Rubim e interpretada pelos atores Simão Rubim e João Marta.

O Teatro conquistou os corações dos nossos alunos dos 9º ao 12º anos de escolaridade, ao ponto de algumas das nossas alunas se tornarem autênticas musas nesta revisão pedagógica da poesia épica e lírica de Camões.

Num ambiente de surpreendente boa disposição, com muito humor e marotice à mistura, falou-se de AMOR.

O amor ou os amores de Luís de Camões, que atravessam toda a sua obra poética e que transparecem na sua paixão pela poesia.

Momentos de muito riso alternaram com momentos de total silêncio, nos quais toda a plateia ouviu e sentiu alguns dos sonetos de Luís Vaz.

Descalça vai para a fonte

 

Descalça vai para a fonte

Lianor pela verdura;

Vai fermosa, e não segura.

 

Leva na cabeça o pote,

O testo nas mãos de prata,

Cinta de fina escarlata,

Sainho de chamelote;

Traz a vasquinha de cote,

Mais branca que a neve pura.

Vai fermosa e não segura.

 

Descobre a touca a garganta,

Cabelos de ouro entrançado

Fita de cor de encarnado,

Tão linda que o mundo espanta.

Chove nela graça tanta,

Que dá graça à fermosura.

Vai fermosa e não segura.

(Luís de Camões)

 Luís Vaz de Camões, esse poeta renascentista que atravessou e atravessa os tempos. O “nosso” poeta, que ofereceu significado, sentimento, ritmo, musicalidade e beleza às palavras, numa dança interminável de teses e antíteses, de forças contrárias como a água e o fogo, ao jeito de Petrarca. Uma dança na qual se foi definindo a silhueta do amor platónico por uma mulher ideal, distante e envolta de sensualidade. Uma dança recheada de hipérboles, metáforas, trocadilhos, personificações, que dão conta de sentimentos constantes de insatisfação e incompreensão e que colocam a nu os desconcertos de um Mundo que atrai D. Sebastião para uma viagem sem retorno.

Enfim, um momento único, e, utilizando as palavras do próprio D. Sebastião, “SUBLIME”. 

Literacia financeira no quotidiano

 

Os alunos do Curso Profissional Técnico de Vendas e Marketing do 10ºCP, 11º CP e 12º CP aprenderam mais sobre finanças na palestra promovida pelo Banco de Portugal, realizada pela Dra. Cláudia Raquel Alves, no espaço da Biblioteca da Escola Básica e Secundária Dr. Ferreira da Silva, no dia 29 de outubro, que permitiu assinalar, igualmente, o dia Mundial da Poupança.

Esta palestra subordinou-se ao tema ‘Gestão do Orçamento e Poupança’ e foi um excelente contributo para o cultivo da literacia financeira no quotidiano e para o desenvolvimento de conhecimentos e capacidades indispensáveis às decisões financeiras.  as decisões financeiras. De facto, esta palestra conduziu os nossos discentes a refletir sobre o conceito de orçamento, o ténue equilíbrio que pode existir entre as despesas e os rendimentos, o quanto é importante controlar os impulsos, evitar as despesas supérfluas e os endividamentos, apostar na poupança e, por fim, diversificar os investimentos. Assim, os alunos tiveram a oportunidade de adquirir conhecimentos sobre gestão do orçamento familiar e poupança, delinear e ajustar os objetivos para poupar dinheiro e identificar as diferentes opções de aplicação das poupanças, numa perspetiva a médio ou longo prazo.

Um encontro feliz que contribuirá, certamente, para uma melhoria da qualidade de vida dos nossos alunos que necessitam de planear com sucesso o seu futuro, numa atualidade em que o dinheiro é um tema recorrente e em que, mais do que nunca, como disse o Sr. Diretor Prof. Figueiredo, é necessário distinguir o que é essencial do supérfluo e saber fazer uma gestão dos rendimentos.