sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Maratona de cartas: um mensagem de solidariedade

 

Neste ano letivo, o nosso Agrupamento participou mais uma vez na Maratona de Cartas, promovida pela Amnistia Internacional: 23ª edição da Maratona de Cartas
Um gesto forte de solidariedade a favor de ativistas que arriscam a sua saúde e vida por um bem maior. 


Um gesto singelo para se ir ao encontro de um dos principais desafios/questões da atualidade: as migrações, os refugiados, o acolhimento do Outro, enfim os Direitos Humanos.
Um gesto no mês de dezembro no qual se celebra o Dia Internacional da Abolição da Escravatura (2 de dezembro) e o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro). 

    1º ciclo


         2º ciclo

    3º ciclo



Ensino Secundário






Natal com a tia Josefina: um Conto de Natal que fala de generosidade

 Nesta época natalícia, é tempo de lembramos os valores e princípios que devem guiar o nosso quotidiano no percurso de cada ano, entre os quais, se pode nomear a simplicidade, a fraternidade, a amizade, a generosidade, enfim, a paz. 

Com este intuito, a Biblioteca Escolar envolveu os alunos do 5º e 6º ano numa oficina de Leitura Dialogada do conto de Natal “Natal com a Tia Josefina”, de Michael Engler e Martina Matos. Um momento simples e tranquilo, na véspera da Festa de Natal no Agrupamento.



Exposição: As nossas rosas-dos-ventos


 Em colaboração com a disciplina de História e Geografia de Portugal, encontra-se na Biblioteca Escolar uma exposição de rosas-dos-ventos, elaboradas pelos alunos do 5º Ano. Múltiplas rosas dos ventos que nos indicam os múltiplos cantos do mundo, mas que, ao mesmo tempo, convergem num só ponto. O ponto nevrálgico da Terra. Será também ele o ponto nevrálgico da Humanidade? E se o for, que tempo e espaço é esse?




Não foi por acaso que o meu sangue que veio do sul

se cruzou com o meu sangue que veio do norte

não foi por acaso que o meu sangue que veio do oriente

encontrou o meu sangue que estava no ocidente

não foi por acaso nada do que hoje sou

desde há muitos séculos se sabia

que eu havia de ser aquele onde se juntariam todos os

                                                    [ sangues da terra

e por isso me estimaram através da História

ansiosos por este meu resultado que até hoje foi sempre

                                                                     [ futuro.





E aqui me tendes hoje
incapaz de não amar a todos
um por um
que todos são meus e me pertencem
e por isso mesmo não lhes perdoo faltas de amor!
Mas porque maldição me não entendem
se eu os entendo a todos?
Eu sei, eu sei porquê:
Falta-lhes a eles terem, como eu, a correr-lhes pelas veias
                                            [todos os sangues da terra.
mas, ó maldição que pesa sobre mim,
cada um dos sangues da terra não me inclui entre os seus!







Não pertenço a nenhum sangue de raça
sou da raça de todos os sangues,
o meu amor não tem condições que excluam criaturas
não é amor natural
é amor buscado por boas mãos
desde o primeiro dia das boas mãos
através de tempos desiguais e de estilos que se contradizem
com os olhos no futuro melhor
e a esperança convicta de que se ainda hoje não são todos
                                                                      [como eu
é questão apenas de a humanidade viver outra vez
tanto como viveu até hoje
ou de mais ainda,
é questão de mais tempo,
ainda mais tempo,
é o tempo que há-de fazer
o que apenas se pode atrasar.


Entretanto deixai que se convençam
aquelas experiências que ainda não se tinham feito
e ainda tão longe do realismo da redondeza da terra!
Entretanto deixai que os números se espantem
de que a totalidade seja sempre ainda mais pr'além!
Deixai os números instruir-se da verdadeira capacidade
                                                               [do infinito
deixai que a ciência prossiga em sua loucura galopante
explicando todas as suas falhas com desculpas geniais
enquanto não esgota a sua especialidade,
a especialidade de nos meter a todos nela,
o que é um estilo
um estilo mais
e não o último
porque nenhum estilo é o último senão a liberdade!



Deixai que milhões se juntem para formar uma força
enquanto outros isolados se reconheçam o bastante para
                                                          [ ter a liberdade,
deixai-os a ambos que nada os deterá,
eles são duas metamorfoses minhas
das quais ainda conservo uma vaga memória.


Tal qual eles agora, eu já estive num e noutros antigamente,
quando na História
nos altos e baixos da minha ascendência
tomei também cada metamorfose minha
por minha definitiva realidade.
Deixai primeiro que o sangue deles
leve tanto tempo a dar a volta ao mundo
como o que levou o meu sangue
ou a História do Homem.



Deixai que a natureza consinta ainda em parcialidades
que o tempo consente temporariamente.
Deixai que o ardente desejo de totalidade, não possa ainda
                      [funcionar senão pelo meio ou pelas pontas.
Deixai que cada especialidade acabe de vez com a sua
                                                         [impertinência
Deixai que os sangues mais intactos morram por isolamento
ou espalhem morte e terror com o verdadeiro medo,
                                            [a certeza de acabar.


Deixai que a Democracia e a Aristocracia
se cansem de não caber isoladas em parte nenhuma
já que não cabem juntas no nosso entendimento.
Deixai que Uma e Outra esgotem todos os quadriláteros
onde a Democracia não cabe
e, por conseguinte, a Aristocracia não sai.


Deixai sumir-se até ao fim a confusão de Nobreza e
                                  [Fidalguia com Aristocracia.
Deixai que a Democracia repare que é um corpo sem
                                                               [ cabeça
e que a Aristocracia uma cabeça sem corpo.
E é o corpo que há-de buscar a cabeça
ou a cabeça que há-de buscar o corpo?
Esperai que venha esta resposta.



Entretanto deixai que a liberdade também esteja à espera
                                                            [desta resposta.
Deixai que se expliquem por si coisas terrenas que nada
          [mais ultrapassem do que o nosso entendimento
condenado a acreditar nos sentidos
mais do que em todo o trajecto desde o princípio do
                                                  [mundo até hoje.


José de Almada Negreiros, Poesia, Estampa, 1971





Exposição: À descoberta do modernismo

 

Numa colaboração com a disciplina de História A, encontra-se na Biblioteca Escolar uma exposição de trabalhos plásticos realizados pelos alunos do 12ºB, no âmbito de um trabalho de pesquisa em torno do Modernismo. Estes trabalhos plásticos resultaram de um exercício de descoberta das múltiplas correntes artísticas, que brotaram no dealbar do século XX, e de um trabalho cooperativo e colaborativo, no qual cada aluno mobilizou os conhecimentos adquiridos e contribuiu com a sua sensibilidade estética e artística. 









terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Parlamento dos Jovens: Sessão com o Deputado Miguel Santos na Escola Comendador Ângelo Azevedo

 

No âmbito do programa Parlamento dos Jovens, dedicado ao tema “Novas tecnologias: oportunidades e desafios para os jovens”, a Escola Comendador Ângelo Azevedo recebeu o deputado Miguel Santos (PSD) para uma sessão de esclarecimento e debate com os alunos, no dia 13 de dezembro.

O evento proporcionou aos alunos uma oportunidade única de dialogar sobre as implicações das novas tecnologias na vida das gerações mais novas, refletindo sobre as vantagens e os riscos que estas representam na sociedade atual.



Durante a sessão, o deputado Miguel Santos destacou a importância de os jovens utilizarem as novas tecnologias de forma crítica e consciente, alertando para os desafios associados, como a dependência digital, a desinformação e a cibersegurança. Simultaneamente, reforçou o papel das tecnologias enquanto ferramentas essenciais para o acesso à educação, inovação e desenvolvimento de novas oportunidades profissionais.

Os alunos participaram ativamente, colocando questões sobre o impacto das redes sociais, as competências necessárias para o futuro digital e as melhores formas de conciliar o uso das tecnologias com a vida pessoal e escolar. A troca de ideias foi marcada por um ambiente dinâmico e reflexivo, evidenciando o interesse dos jovens em temas tão atuais e relevantes.

Esta sessão revelou-se uma experiência enriquecedora, promovendo a consciência crítica e o debate sobre o uso responsável das novas tecnologias. O programa Parlamento dos Jovens continua, assim, a ser um espaço privilegiado de aprendizagem e formação para os cidadãos do futuro.

 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

BiblioAmigos: Votos de Boas Festas

 


Numa articulação entre a BE e o projeto Media no Agrupamento, os alunos BiblioAmigos (Carolina Monteiro; Laura Barnabé; Laura Quentinho Ferreira; Tiago Nunes, do 11ºA), realizaram um vídeo -
Postal de Natal -, no qual dizem o poema em torno do Livro, de modo a desejarem um Feliz Natal a toda a comunidade educativa. 


quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Voluntários de Leitura - Professora Francisca Alexandra Figueiredo e o 8.ºC partilham Histórias de Inspiração Literária

No passado dia 10 de dezembro realizou-se um Encontro com Voluntários de Leitura, desta vez protagonizado pela Professora Francisca Alexandra Figueiredo, que contou com a participação da turma do 8.ºC. O evento, que decorreu numa atmosfera de partilha e descoberta, teve como objetivo principal estimular o gosto pela leitura, explorando as experiências pessoais do leitor– e quem melhor do que a Professora Francisca, cuja sensibilidade e humanidade cativam todos à sua volta?

A sessão iniciou-se com a Professora Francisca a partilhar um pouco da sua própria jornada literária, repleta de emoção e significado. Começou com um regresso à infância, através da leitura de Anita em Viagem, uma obra que marcou os seus primeiros passos no mundo dos livros. Já na adolescência, revelou ter sido conquistada pela adrenalina e mistério de Uma Aventura em França, da icónica coleção de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Para finalizar, trouxe um toque contemporâneo com Tudo Foi Como Tinha de Ser, de Raúl Minh’alma, uma escolha que refletiu a sua visão madura e emocional sobre a vida e as relações.




A turma do 8.ºC participou com grande empenho e entusiasmo, mostrando curiosidade e interagindo ativamente com as leituras propostas. Através das histórias, os alunos não só exploraram diferentes estilos literários como também tiveram a oportunidade de refletir sobre as ligações emocionais que se podem criar com os livros. "Foi muito interessante ver como os exemplos concretos da professora ajudaram a dar vida às histórias e mostraram que a leitura pode ser um espelho da nossa própria experiência", comentou um dos alunos presentes.

Francisca Alexandra Figueiredo, natural de Alvite e profundamente ligada às suas raízes, não só partilhou o seu gosto pelos livros como também demonstrou a sua característica sensibilidade, mostrando como a literatura é uma forma de humanização e empatia. A professora, sempre aberta e genuína, confessou que, apesar de apreciar cada livro pelo que ele oferece, só encontrou a verdadeira paixão literária na sua vida adulta, ao ler A Breve Vida das Flores, de Valérie Perrin.

Nestes encontros, a mensagem é clara: os livros são pontes para o autoconhecimento e para o entendimento do mundo. Para os alunos do 8.ºC, foi mais do que uma aula; foi uma viagem através das palavras e das emoções. Eventos como este sublinham a importância de inspirar as gerações mais novas a descobrir a magia da leitura – e, com professores assim, essa missão parece estar em ótimas mãos.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

BiblioAmigos: O livro.

 


Um livro…

É a caravela que ruma ao desconhecido,

É o mapa do nosso caminho errante.

É o portal para um sonho indefinido,

É uma estrela polar da alma inconstante.


Um livro…

É uma palavra que inquieta

Que nos coloca em desassossego,

Mas cuja musa discreta

Nos dá alento e sossego.


Um livro ..

É encontro no desencontro,

É sossego no desassossego.

É ir além da razão,

É viver com emoção.


Um livro …

É uma musa que desafia

O nosso mundo de fantasia.

É a voz que percorre o universo.

É o enigma para o que é controverso.


Um livro …

É onde a alma encontra conforto,

É deixar de ser solitário

E passar a ser solidário.

É na empatia encontrar o bom porto.


Um livro…

É uma prenda especial,

É a bússola que sinaliza a nascente

Do espírito de Natal

Daquele que é uma eterna criança.


FELIZ NATAL!


CES vai à escola: Seremos todos iguais e livres?


Seremos todos iguais e livres?

 Após o Dia Internacional da Abolição da Escravatura (2 de dezembro) e nas vésperas da celebração do Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro), importa refletir sobre a evolução do sistema de proteção dos Direitos Humanos, os seus instrumentos e principais instituições no plano universal e regional, tendo como enfoque o sistema europeu de proteção dos direitos humanos. Este foi o objetivo que norteou a sessão presencial do CES vai à Escola na nossa BE, que teve como oradora a doutora Daniela Nascimento e público-alvo os alunos dos 10ºA e 10ºB.

Tendo como referência a Declaração Universal dos Direitos Humanos e os desafios das sociedades atuais, foi possível refletir sobre o conceito de Direitos Humanos. O que é que são os direitos? A quem se destinam? Quando falamos em Direitos Humanos em que consistem e como podem ser categorizados? Nesta reflexão, falou-se das gerações de Direitos Humanos: a dos Direitos Políticos e Civis e a dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais. Uns serão mais importantes do que outros? 

Esta sessão enquadrou, assim, a celebração dos Direitos Humanos na próxima semana e convidou os alunos envolvidos a “pararem para pensarem” no longo percurso que os Direitos Humanos têm vindo a fazer e na necessidade de os continuar a defender, pois não se podem dar nunca como algo garantido e são muitos ainda os que não beneficiam deles.  














Feira do Livro: um apelo à leitura

 


Feira do Livro

Foram muitas as visitas à Feira do Livro desde as crianças do 1ºciclo até aos alunos do 12º Ano, do Ensino Regular e do Ensino Profissional. Foram muitas as atividades, desde leituras dialogadas e questionadas, com os alunos do 2º e 3º ciclo, a exploração, pelos alunos do ensino secundário, da casa mágica, na qual se encontravam pistas para livros em exposição na feirinha, leituras espontâneas e, depois, dialogadas e debatidas entre alunos e professores, a escolha do livro que mais interesse despertava e partilha com os colegas de turma, entre outras iniciativas. Momento alto destas visitas foi, de facto, a presença dos meninos do 1º ciclo que se sentaram, interagiram e deixaram-se envolver na "Hora do Conto" em torno do livro "A menina da fila da frente". Um livro que nos fala do quanto é importante saber coloca-nos no lugar do outro e a "Caça ao livro".